Jean Bailly









Jardins suspensos

Jardins suspensos na noite calada que a lua teima a queimar
Uma flor ferida e sangrando está no meu peito
Quase não consigo respirar nesse ar seco
As costelas andam batendo uma na outra
E uma pequena taquicardia arrepia meu corpo

E essa lua cheia dela mesma
E ela cheia se si mesma
E eu cansado de mim mesmo

Minha saudade é uma lágrima que cai em fogo
Olhos de limão verde a arder na inquietude
Corpo cansado e amassado
Ferido e quebrantado no fim do dia que não desejo ver

E ela neste sorriso que rasga minha alma
Iluminando a rua, o corredor, a sala
Cheia dela e vazia de mim


Lúcio Alves de Barros

Um comentário:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

MARAVILHOSO o trabalho pictórico de Jean Bailly, estou aqui deslumbrada, encantada, apaixonada e me deliciando com cada um dos quadros. Os poemas de Barros, super inspirados e sensíveis, compõem uma música perfeita junto às pinturas de Bailly.
Tudo adorável!

Beijos em tua alma, felicidades mil para ti, caríssima Fada do Mar!