Se revê, quer reinventar.
Do que era só por quês,
só se vê se mudar, dentro.
Abre o arquivo do que foi,
pro medo desmistificar.
Se reveste de coragem,
encara a fome desvairada desse arquivo,
-os sentimentos-.
Se prepara pra escutar
o que dizem de outros tempos.
Descarta as formas de culpa,
desejos estagnados, amedrontados.
Planeja pra uns solução,
outros soluços, descartados
sem tempo de perdição,
nunca mais a perfeição.
Ah! Traumas! Se os teve, os trabalhou
amadureceu, encarou,
com eles conviveu, exorcizou...
Bloqueios encara firme,
junta aos medos, pega à unha,
simplifica, nada são na própria vida
de incertezas e limites
à nossa imperfeição.
Olha o Belo e o feio,
sintoniza a harmonia
e o que faz desequilíbrio.
Joga fora, dá um grito
pondera em libertação.
Paulatino desconforto,
sofrimento,
força e luz, integração
pra vida recomeçar
no anseio de escutar.
Morte e vida,
a paz conhecem,
desbravam os sentimentos,
na arte de mergulhar.
Gaiô
Nenhum comentário:
Postar um comentário