Daniela Ovtcharov








Rotas profundas.


Nave navega quimeras, 
de flores à alma faz entrega
ao branco prateado singrando mares. 
Mastro alçado a bordo do imenso eu 
que sei, de si se perdeu.
Quando o conheceu?

Cai a tarde, posto o sol,
brinca a brisa, ondula ao vento
faces fadadas ao desalento.
Sem tormento...

Mareado, mar interior se esvai
em rotas profundas, confins,
de onde vim???

De não saber onde...
Névoa, nuvem ofuscam
persistentes raios,
luares perseverantes
de luz à míngua, exangue.

No balançar das águas,
Se refaz de persistência,
enfrenta amarras
da vida, intermitências, 
se faz paz,
segue singrando mares...


Gaiô

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