Daniela Ovtcharov








Berço escuro do tempo.



Estrela que a vejo tímida
se contrair no brilho,
respingos de luz no tempo-ninho,
do teu jeito de existir...
Lusco-fusco no escuro berço, se diluir.
Precisas de combustível que a mantenha, 
hidrogênio seja hélio por fusão...
do que tenho.
Se contrai na gravidade 
de ser, de iluminar...
Desistindo de si mesma, 
nada detém seu colapso,
que no amasso carinhoso, 
a absorva pro retorno.
Se retrai completamente,
buraco negro eminente
se perde do amanhecer...
Na retração a expansão
do novo universo por ser...Será? 
Me vejo, me perco em você
no recuo da existência,
na comunhão do ser, se dar
morrer, 
pro novo despertar...

Gaiô

Um comentário:

Líria Marin Solano disse...

A poesia da Gaiô é muito interessante e gostosa de ler. É lúdica, onírica e cheia de magias. Adorei tomar contato com estes versos tão bem construídos.
A arte de DAniela Ovtcharov é simplesmente deslumbrante e a música que delícia de ouvir. Amei este post.
Bjs