Eugenijus Konovalovas







Nonsense



e a volta vem sem face
nua e pálida
as ruas são disformes
ou todas iguais
pavimentos cruéis
sem pulso
resquício de origem

à semelhança do éter divino
afasto-me
quero crer
e emudeço

quero ser
todavia perdida
acho meu caminho
na vida nonsense
navalha afiada
garganta desfolhada
sem voz
sem vento
sem brisa

(meus olhos vidrados na mudança de lua)



Ana Paula Perissé

2 comentários:

Ana Almeida disse...

A beleza, a estética e a boa vontade nos leva além, para um mundo melhor e quem sabe, possível.

Fada do Mar Suave disse...

Agradeço muito a participação da poeta Ana Paula Perissé e do artista Eugenijus Konovalovas, que trouxeram luz e brilho para este canto. Artistas sensíveis e inteligentes, que tocam a sensibilidade daqueles que tem o privilégio de ter contato com suas poéticas. E aqui neste espaço temos o prazer de conhecer e apresentar a alma de seus trabalhos. É muito bom e importante contar com a presença dos amigos que vem sempre nos visitar e deixam suas impressões sobre a arte nos animando a continuar nesta estrada.
Com muito carinho da Fada do Mar Suave.