




POEMA DA CONTESTAÇÃO
(para Cristiana Coeli)
O que destrói
É o que disfarça
Nuvem ou argamassa.
Não o imprevisto
E seu gilvaz.
Mas é a máscara
E seu invento
No rosto incauto
De pluma e farpa.
O que destrói
não é a maquina
e suas tenazes.
Não são os pássaros
Só pressentidos.
Mas a medida
Da permanência
Dura, precisa,
Fiel do tempo.
O que desfaz
São os tentáculos
Da vil palavra.
Não o absurdo
De flor e algema.
Mas a doação
De canto e gesto
E nas metáforas
O fel das gestas.
O que desfaz
Não é o repto
Da condição.
Não é o sonho
E seus cristais.
Mas é o oficio
De decifrar
Alegorias
E os segredos.
O que desfaz
É o falso mito
Da semelhança.
Não o engodo
Libertação
Mas é o grito
Punho ira escárnio
Transe medo ópio
E o canto audaz
O que destrói
É o que floresce
Em sonho e lodo.
Não o improvável
De entranha e espanto
Mas o limite
De ser / não ser
Que a morte exaure
Em pó e ouvido
O que destrói esta no homem
Com suas fomes.
Um comentário:
Passei por aqui. Sempre admirada com tanto carinho da Fada do Mar, com todos os poetas a artistas.
Obrigada mesmo amiga e que Deus te ilumine sempre.
beijos com carinho e gratidão de Bety Viotto.
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