




CONTOS DA MEIA NOITE
Depois de amanhã é ano novo.
Cheguei ontem em São Paulo
Preparando-me para o sorriso de meu amor.
Ligo o rádio para voar o tempo
Pego a caneta e antes de escrever um poema
me rebaixo em contas infinitas.
O tempo passa em compasso egoísta
Ainda assim, descanso a caneta e as camisas já estão passadas
E troco o rádio pela TV sem graça.
Estou enfadado... Não sei o que faço...
Mas na hora de meu total desalento
O milagre pula em forma de programa.
Começo a ver e ouvir um conto na TV,
Brasileiro por princípio e adorável por essência.
É meia-noite, e a arte se funde na tosca tela.
Paraíso de novidade!
A cultura mata por segundos a massificação vulgar.
É presente de ano novo
É novidade viva, com cheiro de arte e povo...
Éric Meireles de Andrade
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