Jardim Esquecido
Foi-se embora do meu jardim,
Desesperada pelo aroma das rosas e jasmins
Retirou as sementes que plantei em sulco umedecido
Abandonou a pá e o adubo num canto de castigo
E se calou com espinho e cerca de boquim.
Foi-se embora do meu jardim,
Sem deixar nem um bem-me-quer como consolo arredio
Enterrou o cravo para embelezar um destino vazio
Afogou os lírios em surtos de arlequim.
Foi-se embora do meu jardim
Arrancou o mato tenro das lembranças vividas
E se benzeu em banho de alecrim
Foi-se embora do meu jardim
E secou o amor que prometeu a mim...
Foi-se embora do meu jardim...
Éric Meireles de Andrade
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2 comentários:
Fada entrou comentário meu? Fiz quatro vezes...
falar de Jac é falar de mim mesma. Estes vermelhos que me dão sentido.Paixão sedução, encontros romanticos, encontros intimos, amor. Vida e coração. E quem é a mulher que não explodiu entre os vermelhos? e usou meias de seda finissíma? Que não teve uma noite de amor ardente entre morangos e chocolates, champanhe francesa? As pernans longas se fazem atraente, e esteticamente cumplices. Um olhar absurdo de uma sofisticação inespeerada e absoluta. Jac pinta o que me faz lembrar glamour. Mulheres que sonhamos ser, Gilda, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Ursula Andress, Catherine Deneuve, Silvana Morgano, Sofia Loren... E eu compraria todos estes quadros, para que a lembrança permanecesse e o tempo parasse aqui...
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